Depois das férias

Depois de deliciosas férias esquiando nos alpes e comprando nos trópicos volto ao meu querido Rio de Janeiro, ao trabalho, que serve para pagar as férias, à minha casinha querida que tanto tive saudades.


Convite, carteado terça à noite. E lá vou eu, de metro, as 18h, linha 2. SOCORRO! Já na estação terminal, veja bem, a primeira, ou seja, a viagem começa aqui, e a estação estava lotada, quente de pessoas se aglomerando, lembrando que o verão ainda não chegou de fato à cidade, está fraco, beeem fraco. Por fim chega o trem, abrem-se as portas, estouro da boiada, fiquei tão atordoada com as pessoas literalmente CORRENDO para dentro da composição que me mantive estática, e 'óbiviamente de pé, no meu saltinho, e agarrada à bolsa nova como se fosse um filho prematuro. Uma cena curiosa, uma moça um pouco mais cheinha, sentava no colo de uma petit, quando eu percebi elas discutiam por quem chegou primeiro no lugar, óbvio que a pequena que estava em baixo, coitada, sentou primeiro, ela estava, de fato, com o derrier no banco, mas a pobre foi esmaga até sair debaixo da roliça barraqueira. Fiquei pensanso, 'onde estou? quem são essas pessoas? que país é esse?'

Sem respostas seguimos viagem, enquanto na zona sul, tudo calmo, passando pelo centro da cidade recomeça o caos, as pessoas entram, entram, e não param de entrar, a cada estação mais um, as pessoas do lado de fora veem que não cabe mais uma mosca e elas entram, impurram, e falam, nossa como falam, nem a querida Florence, que tocava unicamente aos meus ouvidos era capaz de sufocar o som da tagarelice. Eu me olhava no reflexo da janela e a expressão leve e languida que tinha começado a viagem já tinha os cabelos minguados, ombros frouxos e pés doídos. Para minha surpresa foi passando do centro e nas paradas seguintes de nomes estranhos, duas ou tres pessoas desciam, só! E eu pensando MELDELS para onde esse povo todo vai?! Anuncia o máquinista 'próxima estação de integração com o trem' e a tola pensa, 'UFFA, vai esvaziar' OI? ONDE? ninguém desce. E foi assim até o fim. Graças a deus teve um fim.

E tem gente, MUITA gente, que passa por isso todos os dias...
Feliz 2012!
Cames.